Querida Olívia,
Adorava que soubesses que na minha cabeça e no meu coração, planeava ter mais tempo para ti e para te aproveitar.
Mas o que é certo é que o teu irmão, leva-me mais tempo do que tu.
Quando me ouves cantar, não é para ti, desculpa. É para o mano.
Quando nos ouves rir. Não estamos a rir contigo, ou das voltas que vais dando dentro de mim. Rimos das macacadas que o teu irmão faz.
Quando sentes uma barriga mais atribulada, não estou a festejar contigo. É o teu irmão que acha que a barriga é um trampolim.
Quando eu e o pai falamos de ti, és sempre a “outra” ou “ela”.
Mas nem tudo é mau. Tens fotografias mais artísticas que a gravidez do teu irmão. Nos poucos tempos que te imagino, connosco, imagino vestidos, laços, o cheiro de bebé e um amor sem fim. E isso posso prometer-te, que amor nunca te faltará. Que apesar de não te viver com a mesma intensidade que o teu irmão, te irei amar tanto quanto ele. E teremos momentos infinitos de um amor sem fim. Isso é certo.
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