Seja do primeiro ou do segundo filho, todas nós passamos pela pressão de querermos ser a perfeição de mãe em pessoa. Desde o parto, pós-parto, amamentação e os valores que lhes queremos transmitir a expectativa é muita.
Do primeiro filho, não fiz qualquer preparação para o parto, amamentação ou fosse o que fosse, pela condição de uma ameaça de parto pré-termo e um internamento de um mês. Lembro-me que acordava com o pensamento de “é só mais um dia” e me deitava com um “mais um que já passou, estamos bem.” E assim foi até ele nascer.
Depois veio o pós-parto, aquele momento avassalador e transformador na vida de qualquer mulher. Que não me canso de dizer que se embeleza até mais não, e que para mim, de beleza muito pouco tem. É duro.
Sobretudo a questão do amamentar. Desmistifica-se a coisa com um - não te preocupes, se não deres mama não vais ser pior ou melhor mãe por isso - mas a verdade é que há sempre uma voz da sociedade que impinge a perfeição de mulher a amamentar até a criança quiser, os dois quiserem, quanto tempo o tempo desejar.
O início foi bom (achava eu), até ter tido uma mastite devido à descida do leite que me levou a dias exaustivos. Para ajudar à pouca paciência, juntou-se os mamilos gretados e do nada um “o seu filho não está a aumentar o que é suposto”. Erradamente, introduzi os mamilos de silicone - estúpida. Traduzindo isto por miúdos, tinha tudo para correr bem, e correu tudo mal. Amamentei até aos 4 meses, entre LM e LA, uma condição de refluxo, uma suposta perca de peso, até que com a introdução alimentar, o Rodrigo rejeitou completamente a mama.
Traduzindo isto por miúdos, há coisas que não vou repetir, outras tantas que farei exactamente igual. Como não existem dois bebés iguais, veremos como corre, sem pressões. Porém tenho presente o que farei de diferente:
- Pedir ajuda sobretudo na fase da descida do leite
- Pedir ajuda a profissionais especializados, para que possam ajudar com a pega, e pedir conselhos e ajuda sempre que achar necessário
- Confiar mais em mim e no meu corpo
- Ouvir-me mais
- Não ligar a comentários e opiniões de terceiros - cada experiência é uma experiência
- Oferecer o biberão mais tarde - existem outras alternativas
- Não me reger tanto por percentis e comentários no centro de saúde /pesagem
- Fazer mais pele com pele
- Não stressar tanto e não colocar tanta pressão e expectativas durante esta fase de adaptação mútua - o que tiver de ser será
- Aceitar que é desafiante, e saber de igual forma que existem picos de crescimento e dias menos bons, que fazem com que o bebé esteja mais necessitado de colo e de mama
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